Criado no final dos anos 70, por Brian Mulligan, fisioterapeuta licenciado em 1954 pela Escola de Fisioterapia da Nova Zelândia, hoje encontra-se difundido e aprimorado nos quatro continentes.
A regra de ouro em que se baseia a as técnicas descritas pro Mulligan é a "ausência de dor", diferente de outras técnicas manuais. A técnica centra-se na correção articular de Falhas Posicionais. A eliminação da dor ocorre pelo alinhamento e normalização do eixo do movimento. A avaliação centra-se na procura do movimento acessório que permita o movimento ativo sem dor, além de considerar toda a história clínica do indivíduo.
O fisioterapeuta mantém o movimento acessório ao longo da amplitude de movimento sem dor que o utente realiza ativamente - mobilização com movimento. Os resultados da técnica de Mulligan são imediatos - diminuição da dor e/ou aumento da amplitude do movimento.
Princípios do tratamento:
1- Durante a avaliação, o terapeuta deve identificar um ou mais “achados comparáveis”, como descritos por Maitland. Estes achados podem ser: Perda do movimento articular, dor associada ao movimento, ou dor associada a atividades funcionais específicas (Ex: Dor lateral em cotovelo associada a atividades resistidas em punho/mão)
2- Uma mobilização acessória passiva é aplicada seguindo os princípios de Kaltenborn (paralela ou perpendicular ao plano articular). Este deslizamento articular deve ser ele próprio livre de dor.
3- O terapeuta deve monitorar continuamente a resposta do paciente para se assegurar de que não esteja causando nenhuma dor. Utilizando os seus conhecimentos de artrocinemática, o terapeuta deve investigar diferentes combinações de deslizamentos articulares até encontrar o plano de tratamento e o grau de deslizamento articular ideais.
4- Enquanto o terapeuta mantém o deslizamento acessório, o paciente é instruído a repetir o movimento que lhe causa dor (o achado comparável). Este achado deve agora ter uma resposta melhorada. (ex: Aumento da ADM, aumento da força muscular) e livre de dor.
5- Falha em melhorar o achado comparável pode indicar que o terapeuta não encontrou o plano de tratamento adequado, grau de deslizamento, vértebra a ser tratada ou simplesmente que esta técnica não é indicada
6- O movimento previamente restrito e/ou doloroso deve ser repetido pelo paciente enquanto o terapeuta mantém o deslizamento acessório. Uma sobre pressão ao final do arco de movimento pode ser aplicada sem encontrara a dor como fator limitante para o arco de movimento.