A hérnia de disco é uma patologia bastante frequente nos dias atuais. É causada por uma lesão dos discos que compõem a coluna vertebral. Consiste em uma doença crônico-degenerativa da coluna, sendo atualmente considerada uma síndrome multifatorial com grandes impactos econômicos e emocionais de alta prevalência (1).
O disco tem por função dar mobilidade e amenizar o impacto da força da gravidade a que estamos submetidos permanentemente. O núcleo, sob tensão, pode se deslocar e, até mesmo, romper o anel fibroso (2).
O método Pilates acrescentou infinitas possibilidades para os indivíduos com hérnia de disco, pois é possível realizar uma atividade física onde o corpo é trabalhado sem colocar em risco a saúde da coluna. Além disso, são beneficiados pelos resultados do método na redução de dores, melhora da postura, ganho de força, alongamento, coordenação motora e aumento da qualidade de vida (3). O método Pilates trabalha fortalecimento global mais os principais grupamentos musculares trabalhados são reto do abdome, transversos abdominais, paravertebrais, eretores da espinha, transversos espinhais, assoalho pélvico e os isquiotibiais.
Metodologia
Trata-se de um estudo de caso, do tipo descritivo. Foram reunidas informações em uma clinica de fisioterapia em Caratinga–MG. Paciente C.I.C, sexo feminino, 39 anos, diagnosticada com hérnia de disco a nível de L4-L5 por excesso de peso nas suas atividades laborais – professora em escola infantil. Na avaliação fisioterapêutica a paciente relatava dor intensa e parestesia na lombar e na face lateral da coxa direita e apresentava uma retificação lombar. Foi utilizado o laudo médico, avaliação fisioterapêutica, ressonância, além de teste semiológico: teste de Laségue e Escala Visual Analógica (EVA).
Foram realizados os seguintes exercícios: Leg shoulder, Dissociação coxo-femoral com fortalecimento abdominal, Hundred, Shouder bridge e Controle sobre a bola com flexão de braços.
Resultados
Avaliação inicial: EVA – dor intensa em região de coluna lombar baixa, com irradiação leve para a direita, retificação lombar, encurtamento significante de toda cadeia posterior, fraqueza significativa em abdominais paravertebrais, fraqueza muscular leve em membros. Avaliação atual: EVA – dor leve com recidiva somente após grandes esforços e posturas inadequadas, bom alinhamento, com correção postural das curvaturas da coluna, alongamento e flexibilidade de toda cadeia posterior, ganho de força importante em abdominais paravertebrais, ganho de força de forma geral.
Conclusão
Foi possível concluir que o método Pilates promoveu a melhora do quadro clínico de hérnia de disco da paciente de forma notória. Mesmo que o programa tenha dado resultados satisfatórios, será importante que a paciente dê continuidade ao método de tratamento havendo melhora da qualidade de vida dia após dia.
Débora Cruz Xavier
Acadêmica de Fisioterapia
Orientadoras: Yaskara Lessa Lisboa Ballard (CREFITO 84655F) e Daniela Souza de Sá (CREFITO 52646F)
Referências:
1. HELFENSTEIN Júnior M, Goldenfum MA Siena C Lombalgia ocupacional. Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo. 2010.
2. COX J M. Dor Lombar. Mecanismos Diagnósticos e Tratamento. 6. ed. São Paulo Editora Manole:2002.
3. Tratamento da hérnia discal lombar baseado na estabilização segmentar lombar. Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Março, 2012.